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Construindo um Conceito…
PLANEJAMENTO É…

1. Planejamento é processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas. O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações (PADILHA, 2001, p. 30).
2. Planejar, em sentido amplo, é um processo que “visa a dar respostas a um problema, estabelecendo fins e meios que apontem para sua superação, de modo a atingir objetivos antes previstos, pensando e prevendo necessariamente o futuro”. Mas considerando as condições do presente, as experiências do passado, os aspectos contextuais e os pressupostos filosófico, cultural, econômico e político de quem planeja e com quem se planeja. (idem, 2001, p. 63).
Planejar é uma atividade que está dentro da educação, visto que esta tem como características básicas: evitar a improvisação, prever o futuro, estabelecer caminhos que possam nortear mais apropriadamente a execução da ação educativa, prever o acompanhamento e a avaliação da própria ação. Planejar e avaliar andam de mãos dadas.
PLANO DE AULA É…
1. Plano de aula é um documento utilizado pelo professor para elaborar o seu dia letivo, para o registro de decisões do tipo: o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer, como quem fazer. Para existir plano é necessária a discussão sobre fins e objetivos, culminando com a definição dos mesmos, pois somente desse modo é que se podem responder as questões indicadas acima.
O plano é a “apresentação sistematizada e justificada das decisões tomadas relativas à ação a realizar” (FERREIRA apud PADILHA, 2001, p. 36). Plano tem a conotação de produto do planejamento.
Plano de aula é um “guia” e tem a função de orientar a prática do professor, partindo da própria prática e, portanto, não pode ser um documento rígido e absoluto. Ele é a formalização dos diferentes momentos do processo de planejar que, por sua vez, envolve desafios e contradições (FUSARI, op. cit.).
Planejamento x Plano de Aula
Sendo o planejamento o processo de estruturação e organização da ação educativa em forma de intervenções sistematizadas e orientadas para obtenção de resultados através do plano de aula, o mesmo envolve um conjunto de operações mentais, dinâmicas, estratégicas e contínuas.
É o processo que antecede as ações e tem função de organizador da prática pedagógica. Para tanto necessita ter dados precisos e claros.
Vejamos como Luiz Alves de Mattos em seu livro Sumário de Didática Geral, direciona essa busca:
“Previsão inteligente e bem calculada de todas as etapas do trabalho educacional que envolvem as atividades docentes e discentes, de modo a tornar o ensino seguro e eficiente” ( Mattos, 1971, p. 140).
A esse conceito poderíamos hoje acrescentar, ainda, colocar em ordem os passos que se devem seguir de forma qualitativa e estruturada.
Aqui temos algumas informações necessárias para iniciarmos uma pesquisa reflexiva para elaboração de um plano de aula diferenciado. Ao qual apresente uma seqüência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo em sala de aula com detalhes, objetivos a serem alcançados (conhecimento, competências e habilidades), itens do conteúdo, as metodologias e estratégias que serão utilizadas, os procedimentos que serão adotados e as atividades que serão desenvolvidas assim como os recursos, a avaliação e referência.
Porém encontramos uma diversidade de modelos bastante diferenciados, uma vez que esta atividade muda conforme o modelo de cada instituição, mas há uma matriz na qual se pode apoiar para a construção do nosso plano de aula a fim de alcançar nossos objetivos pedagógicos.
Identificação do plano:
Nome da instituição de ensino (também do centro e do departamento se for
 o caso); Nome do curso; Módulo; Função; Sub-função; Área do conhecimento; Nome do professor ministrante; Período e carga horária; Tema da aula ou assunto.
Conteúdo (programático):
 Estabelecimento de tópicos na seqüência em que vão ser apresentados no decorrer da aula;
Considerar que toda aula tem abertura, desenvolvimento e encerramento (início, meio e fim).
Objetivos:
(capacitar, instrumentalizar os alunos para…).
Estratégias (de aprendizagem e metodologia):
(Procedimentos adotados para facilitar o processo de aprendizagem).
Aulas expositivas; Dinâmicas; Debates; Seminários; Exercícios; Análises;
Situações-problemas; E outros que o professor julgue necessário.
Recursos didáticos:
(A designação dos recursos áudio-visuais mostra a dinâmica da aula).
Quadro de giz; Retroprojetor; Datashow; Rádio; Cartazes; Painéis; Vídeo; Dvd; E
outros que o professor julgue necessário.
Avaliação:
(designa de que forma o professor avaliará os alunos na aula).
Participação; Análise de caso; Atividades práticas; Situações-problemas;
Apresentação de trabalhos; E outros que o professor julgue necessário.
Referências:
Indicar conforme as normas vigentes, os autores e obras utilizados na
preparação da aula;
Indicar periódicos e sites visitados.
Lembre-se: Embora represente apenas uma faceta da atividade docente, o plano de aula proporciona maior qualidade, equilíbrio e segurança ao professor na sala de aula. Sendo que permite a esse profissional auxiliar de maneira mais eficaz os alunos; encorajando-os assim, a serem pensadores críticos, criativos e atuantes, com capacidade para assumirem sua própria e permanente formação.
REFERÊNCIAS
BENINCÁ, E. As origens do planejamento participativo no Brasil. Revista Educação – AEC, n. 26, jul./set. 1995
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 4. ed. Goiânia: Editora alternativa, 2001
LÜCK, H. Planejamento em orientação educacional. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 1991
MATTOS, L.A. de Sumário de Didática Geral. Rio de Janeiro: Aurora, 1971
PADILHA, R. P. Planejamento dialógico: como construir o projeto político-pedagógico da escola. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo. São Paulo: Libertad, 1995
Atenciosamente,
Priscila Costa Felis Pedagoga
pri_felis@yahoo.com.br
Tags: aula, planejamento, plano, plano de aula




Orientações  para reuniões pedagogicas
Esta orientação sobre estratégias deverão ser adaptadas a realidade de cada Colégio, dando continuidade ao tratamento do tema com aprofundamento e descrição de algumas estratégias didáticas.
Roteiro de trabalho –( Apresentação em Power Point)
1º passo – Para abordar o tema é importante analisar as estratégias utilizadas pelo grupo de professores em cada um dos segmentos: observar se estão focadas no ensino, no professor, no método, nos alunos, etc.
2º passo – Solicitar aos professores que relatem quais as estratégias mais utilizadas em suas aulas e as consideradas mais eficazes. Essa atividade pode ser realizada em grupos compostos por professores de diferentes segmentos para troca de experiências.
3º passo – Rever as orientações sobre o planejamento e situar a estratégia didática como um dos momentos do planejamento.
4º passo – Apresentação das lâminas - Power Point para os professores. 
  • Levantar questionamentos sobre o tema. Relacionar as estratégias com a concepção de ensino: Abordagem tradicional - foco no ensino (professor); Abordagem humanista - foco no aluno; Abordagem tecnicista, foco no método e se a Abordagem é sócio-interacionista,  está na inter-relação dos  componentes do processo educativo.
  • Através das informações da lâmina podem ser tratadas as dimensões que compõem a formação do professor. Lembrar que as dimensões não se restringem à formação acadêmica, mas a uma formação permanente em função do modelo de educação, escola e sociedade em que estamos inseridos.
  • Ao tratar da dimensão técnica é relevante falar da dimensão humana e política do educador. Exemplificar que, ao escolher uma forma de abordar um assunto, o profissional está fazendo também escolhas de como lidar com os alunos, e a sua atuação (ação, atitudes) refletem o seu posicionamento político.   Ex. abordar um tema através de um estudo de caso requer um espaço para a participação dos alunos e a utilização de recursos que viabilizem a troca de experiências, a valorização de diferentes pontos de vistas, a problematização, a demonstração, a busca de solução etc. Toda ação educativa traz também uma intencionalidade de valores, ideologias, percepções que conduzirão a sua prática educativa. Então, podemos dizer o trabalho do professor, assim como o do aluno, é carregado de significados socialmente construídos e que serão determinantes em sua prática.
  • Situar a estratégia como um componente do planejamento, a sua importância e o seu conceito.  Alguns autores utilizam a terminologia como estratégia de aprendizagem, outros estratégias de ensino e mais comumente os termos, estratégia didática, estratégia ou método. É importante ressaltar as estratégias como um caminho para aprendizagem de habilidades e competências, da organização de uma seqüência didática e como formas para problematizar, abordar, avaliar temas. 
  • A escolha e uso da estratégia didática têm passos que, se seguidos, facilitarão o processo de ensino e aprendizagem. Nesse momento, falar das etapas do planejamento e a importância de escolher estratégias adequadas para cada momento. Através de estudos e pesquisas têm se constatado que a estratégia mais utilizada para a abordagem de conteúdo é a exposição oral. Falar da importância da variação, da especificidade das atividades e refletir sobre a dificuldade de construir conhecimento, informar e formar conceitos, procedimentos e atitudes sem a possibilidade de intervenção dos alunos e sem a utilização de recursos diferenciados.
  • Esse conjunto de procedimentos favorecerá uma discussão sobre os pressupostos de ensino e aprendizagem
  • Cada momento de um planejamento prevê um conjunto de operações mentais que poderão desencadear a construção do conhecimento e a metacognição (aplicação das operações mentais em outras situações de aprendizagem). O uso de estratégias diferenciadas favorecerá também a aprendizagem de habilidades e competências: conceitual (verbal) - trata-se de como acessar, selecionar, usar e aplicar os conceitos e informações.  Procedimental - que se refere a aprender a fazer. Como por exemplo: fazer leituras de diversos tipos de texto, fazer pesquisa, relatórios, experimentações, relações do que se estuda com a aplicação na vida, analisar gráficos e mapas.  Atitudinal- que se refere a aprender a conviver. Habilidade para trabalhar em dupla e em grupo, respeitar as diferenças, saber emitir opiniões, saber trocar idéias e informações sem preconceito, saber ser solidário e colaborador, saber ser empreendedor.
Com as sugestões da apresentação, o coordenador pedagógico poderá:
  • levantar conhecimento do grupo de professor sobre as estratégias citadas;
  • propor uma pesquisa de como utilizar as estratégias e sugerir uma apresentação na próxima reunião;
  • montar uma proposta de utilização de estratégias e orientar no planejamento e aplicação das mesmas.
    • As estratégias didáticas não podem ser entendidas como sofisticação e devem ser adaptadas e escolhidas utilizando a percepção da realidade, os recursos do ambiente, os recursos materiais disponíveis, os objetivos previstos. É muito comum quando existe uma situação de pouco êxito, buscar procurar um “culpado”, vale nesse momento, falar que o sucesso ou fracasso é fruto de um conjunto de ações. Ex. resultado escolar deve ser analisado nos seguintes aspectos: conteúdo, estratégia, forma de estudo do aluno, avaliação, abordagem do professor, fatores emocionais, fatores externos, etc.
    • A dinÂmica pode ser trabalhada com a ajuda do orientador educacional ou psicólogo, pois trata-se  dos fatores internos e externos que interferem na aprendizagem, e o aluno como sujeito desse processo. Falar da importância da motivação, planejamento e organização dos estudos, do trabalho com Propósito (o que se pretende), Metas (caminhos para se alcançar o propósito) e Ação (fazer do aluno).
    • O professor pode estimular a participação e despertar o interesse dos alunos na abordagem inicial, nas atividades e na avaliação e estabelece uma relação entre a condução do trabalho do professor  com  o estímulo e motivação dos alunos para aprendizagem.
5º passo - Leitura e discussão dos textos: Procedimentos de Ensino – situações de experiências e Métodos de ensino.
Os textos ajudarão na compreensão da didática como a arte de conduzir o processo de ensino e aprendizagem.
Projeto Pedagógico Pitágoras
Referência Bibliográfica:
MARTINS, Jorge S. Projetos de Pesquisa - Estratégias e Aprendizagem em sala de aula- Editora Vozes Petrópolis, RJ - 2005
BORDENAVE, Juan Díaz Estratégias de Ensino-aprendizagem – Editora  Vozes – Petrópolis, RJ – 1997
COLL, César e Cols. Psicologia da aprendizagem no Ensino Médio – Editora Artmed – Porto Alegre, RS.2003
SANT´ANNA, Ilza M. MENEGOLLA, Maximiliano – Edições Loyola –  São Paulo, SP.1989
CANDAU, Maria Vera Rumo à nova didática – Editora Vozes – Petrópolis, RJ.199
Fonte: www.centrorefeducacional.com.br